quinta-feira, 22 de março de 2012

Violência Gratuita - Adolescente gay de 17 anos é agredido em escola municipal de Vitória, ES.

por Redação MundoMais

Um jovem de 17 anos foi agredido por um colega de classe nesta quarta-feira (14), em uma escola municipal, no bairro Santo Antônio, em Vitória. O motivo da briga seria a orientação sexual da vítima.

O rapaz agredido é homossexual, e muito assustado contou como a violência aconteceu. Ele pegou a cadeira e jogou em mim e não satisfeito ele ainda tentou me agredir com a lixeira da sala de aula, contou o jovem, que não quis identificar-se.

A agressão homofóbica aconteceu na Escola Municipal Alvimar Silva, e os envolvidos são alunos do sétimo ano. Amigos da vítima tentaram defendê-la e chamaram a polícia. Todos os envolvidos foram parar no Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória.

De acordo com testemunhas, além de agredir a vítima, o adolescente acusado de homofobia causou um verdadeiro tumulto no refeitório da escola. Segundo informações, o adolescente quebrou objetos e móveis da instituição de ensino.

O que revoltou os familiares da vítima é que, mesmo tendo o patrimônio destruído, a direção da escola ainda tentou abafar o caso. A direção é a lei dentro da escola, então eles teriam que ter tratado o caso com mais seriedade, falou a avó da vítima.

Nos braços do agredido ficaram as marcas da violência. Segundo o jovem, esta não é a primeira vez que ele é humilhado pelo agressor, por conta da sua orientação sexual. Ele afirmou que é perseguido e vive com medo. Ele já havia me ameaçado e disse que iria me bater, declarou.

O adolescente que cometeu a agressão tem apenas 15 anos. A mãe dele esteve na delegacia, mas não quis falar com a imprensa. Segundo informações do Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória, todos os envolvidos na agressão prestaram depoimentos e foram liberados, inclusive o menor acusado de cometer a agressão.

A Secretaria Municipal de Educação (Seme) informa que vai abrir uma sindicância para apurar o caso. A secretaria esclarece ainda que, quando há casos de agressão nas unidades da rede municipal de ensino, os pais dos envolvidos são chamados para conversar. Outras providências podem ser tomadas e, entre elas, até a transferência do aluno agressor.

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