Sabe quando falam que pessoas cis não têm absolutamente a menor idéia das atrocidades que pessoas trans* têm que aguentar? Poisé, hoje tive o exemplo vivo de uma situação que eu achava que era de um jeito e descobri que era outro. Outro bem diferente, bem preconceituoso. Até então eu, ingenuamente, achava que quando uma pessoa trans* desejasse obter uma carteira de identificação com o seu gênero e nome corretos, recebia EXATAMENTE a mesma carteira que todo mundo recebe, como se fosse assim, uma segunda via. Algo assim, correto?
Engano meu. Aparentemente, o Estado do Rio Grande do Sul acha que pode discriminar pessoas trans* até mesmo na documentação. Esse é o ridículo modelo da “Carteira de Nome Social para Travestis e Transexuais”
Sério? Tipo, SÉRIO? Vocês realmente acham que justiça é designar um documento COMPLETAMENTE DIFERENTE, e ainda escrevendo NA PRÓPRIA CARTEIRA que a pessoa é trans*? Já parou pra pensar que isso é uma tremenda falta de respeitocom a pessoa? Que talvez essa idéia de documentos de identificação diferentes seja discriminação institucionalizada? Não aceito uma merda dessas. Voltem ao trabalho e me retornem quando derem um tratamento decente pra pessoas trans*. Um documento de identificação IGUAL. Com o gênero CORRETO. Sem adendos. Sem firulas. Igual.