Por Alexandre Böer*

No último domingo, 5, o jovem Willian dos Santos, 20 anos foi assistir a um filme na última sessão de um cinema no bairro Cidade Baixa da capital gaúcha e quando se dirigia para casa, próximo da UFGRS dois rapazes começaram a xingá-lo de “viado”, o agrediram com socos e pontapés e ainda furtaram alguns objetos pessoais dele.
O resultado foi a perda de quatro dentes, lesões corporais graves, cortes e a perda dos sentidos. Os bandidos sequer levaram seu celular de última geração, o que comprova que os motivos que levaram à violência não foi para roubá-lo, mas sim, a homofobia, como consta no boletim de ocorrência registrado no Palácio da Polícia em Porto Alegre.
Quantos gays, travestis e lésbicas precisarão ter seus rostos desfigurados ou suas vidas ceifadas para que o Congresso Nacional aprove uma lei que torne a homofobia um crime, assim como o racismo?
Os índices estão crescentes e assustadores e esta população está cada vez mais vulnerável, além de estar sendo impedida de usufruir o direito de ir e vir livremente. É importante que se diga que este não é apenas um problema de segurança pública ou de falta de legislação, mas o Estado precisa estar mais atento e dar respostas urgentes e efetivas para combater estes crimes.
*Boer é jornalista, com especialização pela UFRGS em comunicação em saúde e coordenador de jornalismo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade
Matéria extraída de http://somos.org.br
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